Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O cenário internacional continua a influenciar de forma negativa o crescimento da economia brasileira, segundo o Boletim Regional, que reúne dados e indicadores econômicos de cada região do país, divulgado hoje (19) pelo Banco Central (BC).
Segundo o boletim, este ano a economia brasileira deverá crescer “em ritmo menos intenso do que em 2010, cenário consistente com os efeitos das ações de política monetária [elevações da taxa básica de juros, a Selic] e das medidas macroprudenciais [de restrição do crédito] adotadas recentemente”.
No primeiro semestre, o BC considera que a expansão econômica “evidenciou, em parte, o impacto da safra de grãos sobre o dinamismo da agropecuária e o desempenho da demanda doméstica, ressaltando-se a continuidade no crescimento dos investimentos, embora com relativa moderação em relação a 2010”.
O boletim destaca ainda que o crescimento da economia da Região Norte vem apresentando moderação, em linha o com menor ritmo de expansão das vendas varejistas, das operações de crédito e da produção industrial.
Já no Nordeste, o BC avalia que o ritmo de atividade mostra sinais de dinamismo. “De fato, o comportamento dos principais indicadores de atividade econômica no decorrer do segundo trimestre do ano revela desempenho favorável da economia regional, evidenciado pelo crescimento do comércio varejista e da indústria, e pela recuperação da safra agrícola, favorecida pelas boas condições climáticas do período”.
Na Região Centro-Oeste houve desaceleração, “expressa na redução do dinamismo do comércio, e superior à observada em âmbito nacional”.
“A atividade econômica no Sudeste, amparada pela recuperação do setor industrial e pelo crescimento das vendas do comércio, manteve-se em expansão no trimestre encerrado em maio”, acrescenta o documento.
No Sul, “o cenário de moderação da atividade registrado pela economia da região nos últimos meses, mesmo em ambiente de recuperação das vendas do comércio e das exportações de produtos primários, e de solidez do mercado de trabalho, refletiu, fundamentalmente, o declínio da produção da indústria”.
Edição: Juliana Andrade