Da Rádio França Internacional
Brasília - O principal índice da Bolsa de Valores de Israel, a taxa Maof, caiu 6,9% neste domingo (7), em um dos pregões mais dramáticos da história do país. Outras bolsas do Oriente Médio também apresentaram quedas significativas hoje, dia útil em vários países da região.
A Bolsa de Israel abriu com queda de 5% e a negociação de papéis chegou a ser suspensa várias vezes para evitar perdas maiores. A queda foi influenciada diretamente pelo rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela agência de avaliação Standard & Poor's, na sexta-feira (5).
Como sexta-feira foi feriado em Israel e domingo é dia útil, só hoje a crise do crédito americano foi sentida na economia local.
Além da crise americana, a Bolsa refletiu a manifestação popular contra a alta do custo de vida, que levou mais de 300 mil israelenses às ruas das principais cidades do país, neste sábado (6), com a presença de cantores famosos e ampla cobertura, ao vivo, dos meios de comunicação.
Os ativistas, muitos deles acampados há três semanas em cidades como Tel Aviv, Jerusalém e Beer Sheva, protestam contra a alto no custo de vida, principalmente do elevado preço dos aluguéis e dos imoveis, além dos alimentos e da educação.
Os manifestantes se inspiraram nos Indignados, da Espanha, e também nos protestos da chamada Primavera Árabe, que têm mudado a realidade do Oriente Médio.
Pressionado, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu anunciou a criação de uma comissão de ministros e especialistas para negociar com os líderes.
As bolsas de valores de outros países do Oriente Médio também caíram hoje entre 2% e 4%, sendo que a da Arábia Saudita, a maior da região, fechou com uma pequena queda de 0,08%, registrando, no entanto, uma perda de 5,5% no sábado.