Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Mauricio Tolmasquim, informou hoje (3) que apenas três das cinco usinas hidrelétricas do Rio Parnaíba, na divisa do Piauí com o Maranhão, irão a leilão neste ano. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) negou a licença ambiental para a Usina de Uruçuí. Segundo Tolmasquim, a Usina de Ribeiro Gonçalves provavelmente também não será aprovada pelo Ibama. Ele informou que a ideia é unir as três usinas que têm licença prévia (Estreito do Parnaíba, Castelhano e Cachoeira) no mesmo leilão para torná-las mas competitivas.
“Ano passado colocamos duas usinas no mesmo leilão e elas acabaram não sendo competitivas. Vamos solicitar ao Ibama se é possível reduzir o nível de exigências caso as três fiquem juntas, do mesmo empreendedor, para aperfeiçoarmos a questão do custo ambiental e torná-las mais competitivas”, disse ele, ao participar da 12ª edição do Energy Summit, na capital fluminense
Além das três usinas do Parnaíba, as de Sinope e São Manoel, ambas no Complexo Teles Pires, em Mato Grosso, têm leilões previstos para este ano
Tolmasquim disse acreditar que as usinas que tiveram a licença negada dificilmente sairão do papel. “São inviáveis do ponto de vista do meio ambiente. A não ser que revejam o projeto, reduzam algum tipo de impacto de maneira a torná-lo viável.”
O presidente da EPE declarou que as usinas de São Luiz do Tapajós e Jatobá, no Pará, são as prioridades do governo para o ano que vem. “Essas seriam as primeiras usinas no modelo plataforma, para preservar as áreas virgens. A ideia é que essas duas usinas sejam licitadas ainda no fim de 2012.”
Ele explicou que a Eletrobras é a responsável pelo estudo, mas que ainda falta autorização do Instituto Chico Mendes para os levantamentos locais, por se tratarem de áreas de preservação.
Edição: Juliana Andrade // Matéria alterada para esclarecer informações