Da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Fiscais da Diretoria de Metrologia do Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Rio de Janeiro (Ipem-RJ) fizeram, hoje (3), a interdição cautelar de cinco marcas de açúcar cristal: Tip top, Doce Mel, Bonzão, Campo Doce e Maxçucar, em cumprimento à determinação de portaria do órgão. A decisão foi tomada após agentes terem recebido denúncias de que havia pedaços de ferro nas embalagens de açúcar e que a mercadoria apresentava peso abaixo do que informa o rótulo.
Técnicos do Laboratório de Pré-Medidas do órgão começaram a analisar embalagens das cinco marcas de açúcar coletadas, depois de ligações feitas por consumidores, do Rio de Janeiro e do norte fluminense, que denunciaram, à Ouvidoria do instituto, a presença de partículas de ferro nos produtos. Os funcionários encontraram ferro em dois dos oito pacotes da marca Tip top, que também possuíam peso menor do que anunciado. Ao todo, no norte do estado, mais de 4 mil quilos desse produto foram acautelados.
A presidente do Ipem-RJ, Soraya Santos, disse que, no período anterior à data do exame, o instituto fez um alerta à sociedade, que informava sobre a possibilidade desses produtos apresentarem ferro em suas embalagens e sobre o risco à saúde dos consumidores.
“Pelo primeiro exame, estamos falando da marca Tip top, encontramos erros graves quantitativos que, por si só, justificariam a interdição do produto. Havia pacotes com diferença de até 50 gramas. Também encontramos muito metal. Basta colocar uma folha com açúcar e passar o imã que ele atrai os pedacinhos de ferro. Esses pedacinhos de metal podem perfurar o intestino e outros órgãos do nosso corpo”, disse.
Soraya ficou estar surpresa com a ausência dos representantes do fabricante à análise, embora tivessem sido convidados para acompanhá-la em laboratório. Ela informou ainda que a operação deve durar cerca de 30 dias e que começou no norte fluminense porque a região tem mais circulação de mercadorias regionais.
A empresa terá um prazo de 15 dias para apresentar defesa depois de notificada. Caso não haja defesa, poderá ser multada em até R$ 2 milhões, além de ficar proibida de vender seus produtos.
Edição: Lana Cristina