Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – A Defensoria Pública da União quer saber do governo do Rio de Janeiro e do Ministério da Saúde por que ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estão paradas em um depósito.
De acordo com a Secretaria de Defesa Civil, 43 das 75 ambulâncias estão paradas. Uma investigação foi aberta pelo defensor público André Ordacgy na semana passada, para esclarecer por que essas viaturas estão paradas e, mesmo assim, continuam a receber recursos federais para manutenção.
O Samu é um programa do Ministério da Saúde que, na cidade do Rio de Janeiro, é administrado pela Secretaria Estadual de Defesa Civil. Segundo Ordacgy, o Ministério da Saúde repassa ao estado, mensalmente, R$ 27,5 mil para a manutenção de cada ambulância de suporte avançado e R$ 12,5 mil para cada viatura de suporte básico.
“Essas verbas são repassadas mensalmente só para manutenção. Se a ambulância está parada, para onde está indo esse dinheiro? Essa verba pública está sendo gasta onde?”, disse Ordacgy.
O defensor público também quer saber do Ministério da Saúde por que não foi feita nenhuma fiscalização para saber se as ambulâncias do Samu estavam funcionando corretamente.
A Secretaria de Defesa Civil do Rio informou, por meio de nota, que as ambulâncias estão paradas justamente para manutenção. O recurso está sendo usado para a manutenção da frota e para pagar pessoal que trabalha nessas ambulâncias.
Já o Ministério da Saúde informou que não recebeu nenhuma denúncia formal sobre o caso. No momento em que há uma denúncia, pode-se abrir uma auditoria. Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, o funcionamento dos serviços do Samu é acompanhado por meio de visitas técnicas.
Edição: Rivadavia Severo