Da BBC Brasil
Brasília - O número de mortos nos ataques na Noruega na sexta-feira subiu para 92 informou hoje (23) a polícia do país. O norueguês Anders Behring Breivik de 32 anos está sendo interrogado sobre a explosão da bomba na capital, Oslo, que matou sete pessoas e o tiroteio na Ilha de Utoeya no qual pelo menos 85 pessoas morreram.
Vestido de policial, Breivik chegou à ilha perto de Oslo e disparou contra jovens que participavam de um acampamento do Partido Trabalhista (do governo) no local. Havia cerca de 600 jovens no encontro.
Este foi considerado o pior ataque ocorrido na Noruega desde a Segunda Guerra Mundial. Breivik também é suspeito de relação com o atentado à bomba ocorrido em Oslo um pouco antes.
O ministro da Justiça do país, Knut Storberget, e o premiê norueguês, Jens Stoltenberg, disseram em entrevista coletiva que é cedo para especular os motivos da tragédia e que não se sabe se o atirador agiu sozinho.
A jovem Emma Christiansen, 16 anos, que participava do acampamento, disse à BBC ter visto o homem vestido de policial sendo abordado por um jovem e atirando contra ele. "Então, corri para dentro de casa. Foi assustador".
A polícia acredita que o mesmo homem esteja relacionado com o ataque a bomba no centro de Oslo, atingindo vários prédios do governo da Noruega. Ao menos sete pessoas morreram.
Há relatos de que o homem tenha sido visto em Oslo antes de seguir à Ilha de Utoeya, onde explosivos não detonados foram encontrados pela polícia.
O chanceler da Noruega, Jonas Gahr Store, confirmou, em entrevista à BBC, há suspeita de que o detido tenha ido ao acampamento depois de participar do atentado na capital norueguesa.