Sob risco de colapso, Venezuela determina redução do consumo de energia

15/07/2011 - 9h01

Da Agência Lusa


Brasília – O racionamento de energia na Venezuela será intensificado, anunciaram ontem (14) autoridades do país. Os venezuelanos terão de reduzir o consumo de energia, em média, entre 10% e 20%. Do contrário, serão aplicadas multas de 75% a 200% no valor final das contas. De acordo com as autoridades, a medida é fundamental para evitar o colapso do sistema.

Os consumidores residenciais que reduzirem o consumo médio de 10% a 20% terão um desconto de 25% a 50% na fatura. Os cálculos do consumo terão como referência os períodos das 11h às 16h e das 18h às 22h.

A decisão foi criticada pela oposição. De acordo com os oposicionistas, as medidas estão sendo tomadas porque não houve um plano de investimentos no setor elétrico. Segundo analistas, são antigos os problemas estruturais relacionados à distribuição de energia na Venezuela.

A crise energética se agravou a partir de 2009, devido à falta de chuva e ao baixo nível das águas do Rio Caroní, atingindo as hidrelétricas, principalmente a de El Guri – responsável pela produção de 72% da energia elétrica consumida no país.

Em fevereiro de 2010, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez decretou estado de emergência. Bem-humorado, ele fez declarações apelando para que as pessoas passassem a tomar banhos mais rápidos. Na ocasião houve ordens para a redução do horário de funcionamento do comércio e de trabalho do funcionalismo público, além de sugestões para a iniciativa privada sob pena de pagamento de multas.