Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A desindustrialização do Brasil é “muito grave”. O alerta foi feito hoje (13) por representantes da indústria e dos trabalhadores. Preocupados com a situação, eles se reuniram na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para discutir medidas que combatam a desindustrialização. Durante o encontro, patrões e empregados decidiram pedir uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff para apresentar um quadro sobre o momento vivido pelo setor e propor a ativação da Câmara da Industrialização.
Outras duas propostas foram aprovadas durante a reunião. Os empresários e os trabalhadores querem que a Câmara dos Deputados instale uma comissão geral para que possam discutir a situação do setor. Além disso, eles vão lançar um pacto pela industrialização, reunindo todos os projetos que estão no Legislativo e que propõem medidas de combate à desindustrialização.
Segundo o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força (PDT-SP), o Brasil terá um déficit no setor de manufaturados de mais de US$ 100 bilhões neste ano. Se nada for feito pelo governo para mudar esse cenário, assinalou, os trabalhadores vão começar a agir. “Chegará a um ponto em que a gente começará a criar problema nos portos, além de segurar os produtos lá no meio do mar.”
De acordo com o presidente da CNI, Robson Andrade, o excesso de importações aumenta a inflação. Ele disse, porém, que confia na Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) que será lançada na próxima semana pelo governo. “Acredito que devem vir medidas positivas, como a desoneração de investimentos e de exportações. Será um programa de incentivo ao desenvolvimento.”
Edição: João Carlos Rodrigues