Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado hoje (7), revela que em dois anos aumentou de 16 para 19 o número de países com leis que obrigam a inserção de avisos de advertência sobre os males do fumo nas embalagens de cigarro e outros produtos derivados do tabaco. Com esse aumento, mais de 1 bilhão de pessoas passaram a ter acesso a esse tipo de alerta, contra 547 milhões há dois anos.
Apesar da adesão de mais nações, a organização cobra dos países a adoção de propagandas e alertas para estimular mais pessoas a parar de fumar e a adesão à convenção mundial de controle do tabaco, em vigor desde 2005.
“Não podemos estar satisfeitos pelo fato de que a maioria dos países não está fazendo nada ou tem ações insuficientes. Queremos que todos os países sigam as melhores práticas para reduzir o consumo de tabaco ", disse o responsável pelas área de doenças não transmissíveis e saúde mental da OMS, Ala Alwan.
O México, o Peru e os Estados Unidos foram os últimos a colocar os avisos nas embalagens, segundo a OMS. No Brasil, a inclusão das imagens de advertência nas embalagens de cigarro é obrigatória desde 2002.
Segundo o documento, 27 países já aumentaram os impostos sobre o tabaco, o que elevou em 75% o preço dos produtos.
A OMS estima que quase 6 milhões de pessoas devem morrem este ano por causa do cigarro, sendo 600 mil fumantes passivos. Até 2030, o número deve subir para 8 milhões de pessoas. O uso do tabaco contribui para o surgimento de doenças do coração, de derrames, câncer e enfisema.
Edição: Juliana Andrade