Pedro Peduzzi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Copa do Mundo de 2014 vai gerar 539 oportunidades de negócios no Distrito Federal. Com isso, a expectativa é que sejam criadas 2.695 micro e pequenas empresas, e gerados 8.805 empregos diretos. Os números fazem parte do Mapa de Oportunidades para as Micro e Pequenas Empresas. O levantamento foi feito pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e divulgado hoje (7) pelo Serviço de Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
O mapa aponta como principais setores a serem beneficiados os de construção civil, de tecnologia da informação, de madeira, de móveis, têxtil, de vestuário, de turismo, da produção associada ao turismo, do comércio varejista, do agronegócio e de serviços. De acordo com o Sebrae, só o setor ligado ao turismo deverá apresentar 88 oportunidades de negócios. O de tecnologia da informação deve ter 86 oportunidades.
Para aproveitar melhor as oportunidades que surgirão, o ministro do Esporte, Orlando Silva, firmou, durante a cerimônia de divulgação do estudo, um acordo visando a aproveitar a experiência do Sebrae com os empresários para estimular pequenos empreendedores. “Estou feliz com essa parceria, porque com ela teremos mecanismo de mobilização de micro e pequenos empresários. Vamos aproveitar a experiência do Sebrae em governança e gestão para estimular a participação de pequenos empreendedores no projeto da Copa de 2014”, disse o ministro.
Orlando Silva destacou que a importância dos setores de turismo e construção civil paraa abertura de vagas no mercado de trabalho. “Tenho certeza de que, dos 700 mil empregos gerados com a Copa, mais de 500 mil serão gerados por micro e pequenos empreendedores”, acrescentou.
De acordo com o Sebrae, o estudo também aponta as dificuldades relacionadas à documentação e à gestão que podem ser barreiras para os pequenos empreendimentos.
“Temos de aproveitar ao máximo essas oportunidades. Para isso, é fundamental termos um bom diagnóstico visando a uma preparação melhor. Esse mapa não só levanta oportunidades, mas apresenta os requisitos necessários para esses setores [se desenvolverem]”, explicou o presidente do Sebrae, Luiz Barreto.
Segundo ele, é grande a agenda a ser trabalhada com os empresários. “Por exemplo, as obras dos estádios. Elas envolvem muitos fornecedores que vão desde uniforme e alimentação até lojas, bares e restaurantes no entorno [das obras]. Ao mesmo tempo, temos de colocar em contato grandes e pequenas empresas, para que gerem negócios, legados e receitas”, completou.
Para o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, a Copa de 2014 "é uma oportunidade de ouro para montarmos a infraestrutura do desenvolvimento econômico que ocorrerá após o evento".
Ele disse, além da Copa do Mundo, é preciso aproveitar grandes eventos como a Copa das Confederações, em 2013; a Copa América, em 2015; e as Olimpíadas, em 2016. “Um calendário maravilhoso como esse mantém toda a roda da economia movimentando o tempo inteiro, com o grande objetivo de melhorar a qualidade de vida do povo”, destacou Agnelo.
Edição: Juliana Andrade