Luciene Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, apresentou hoje (6) ao ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a proposta de inclusão das pequenas e médias empresas no Plano Nacional de Banda Larga (PNBL). O setor industrial quer que pequenas e médias empresas tenham acesso à internet em banda larga com velocidade mínima de 15 megabites por segundo (Mbps), com garantia de fonercimento de, pelo menos, 20% da velocidade contratada, em 147 municípios, que concentram 51% da base industrial brasileira.
“Nós mostramos claramente que, para o Brasil ser um país vencedor, temos que mirar as melhores práticas do mundo, dos países com tecnologia de ponta. Na nossa banda larga, o download [recebimento de arquivos via internet] tem velocidade de tartaruga. Nós precisamos, efetivamente, ir adiante”, disse Vieira.
Para o presidente da Firjan, a internet é insumo básico para o desenvolvimento social e econômico. “O assunto é tão importante para nós quanto a energia elétrica no século 19”, comparou. Mesmo sem sair com uma resposta definitiva, Vieira acredita que o encontro foi positivo. “Melhor receptividade impossível. Ele [o ministro] entendeu que viemos advogar para sermos competitivos em termos de qualidade. É uma agenda absolutamente importante, não podemos brincar de querer competir."
No documento entregue ao ministro, a Firjan alega que, com acesso à banda larga, “as empresas redefinem suas relações com fornecedores, clientes e distribuidores; viabilizam o compartilhamento de recursos entre matrizes e filiais; economizam gastos em viagens e deslocamentos; monitoram em tempo real plantas industriais, transporte e armazenamento; qualificam, educam e transferem conhecimento, criando assim, um ambiente adequado para a competição em nível internacional”.
O presidente da Telebras, Caio Bonilha, também participou do encontro. A Telebras é a estatal responsável pela implantação do PNBL.
Edição: Vinicius Doria