Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - As vendas da indústria fluminense cresceram 8,88% em maio em relação ao mês anterior, descontadas as características sazonais do período, acumulando alta de 8,92% nos cinco primeiros meses de 2011. Em comparação a maio do ano passado, a expansão foi ainda maior: 13,93%. É o que revela o boletim Indicadores Industriais, divulgado hoje (4) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan).
O gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês, disse que setores típicos da indústria fluminense têm sustentado esse crescimento. “Têm gerado, até, um certo descolamento da indústria do Rio em relação ao Brasil. Ou seja, enquanto a indústria brasileira já desacelera com força, a indústria do Rio parece sentir menos os efeitos da política monetária restritiva”.
Os grandes exemplos desse crescimento são as indústrias de veículos automotores e naval, segundo o economista. De acordo com o boletim, a expansão da indústria automotiva foi de 31,95% entre janeiro e maio deste ano.
Os indicadores de maio mostram, também, recuperação do nível de pessoal ocupado na indústria fluminense, após um período de acomodação, em março. “O emprego tinha cessado a sequência de 22 meses consecutivos de crescimento e, agora, retoma na esteira desse crescimento industrial”.
A alta registrada na variável pessoal ocupado em maio foi 0,25% ante abril, o que significou a criação de 1,1 mil postos de trabalho. Já em comparação com maio de 2010, o indicador acusou elevação de 6,17%, acumulando nos cinco primeiros meses de 2011 expansão de 7,61%.
Guilherme Mercês disse que o setor de automóveis tem se consolidado e deverá continuar puxando o bom desempenho da indústria. “A demanda por automóveis, diante da mudança do padrão de renda da população brasileira, deve sustentar a produção automotiva, que está no sul do estado, nos próximos meses”.
Outro setor que tem mostrado crescimento significativo e deverá manter essa tendência é o de refino de petróleo. O economista da Firjan afirmou que esses dois setores estão atrelados à indústria siderúrgica, que vem se firmando no estado do Rio de Janeiro. “Esse é um processo que a gente deve observar nos próximos meses, o crescimento da indústria siderúrgica, não só em termos industriais, mas de exportação também”.
Edição: Vinicius Doria