Parlamentares dizem que morte de Itamar deixa vazio político nacional

02/07/2011 - 13h09

Sabrina Craide e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil


Brasília - A morte do ex-presidente da República e senador Itamar Franco (PPS-MG), de 81 anos, provocou entre os políticos comoção e a sensação de vazio na política nacional. Integrantes da base aliada e do governo disseram à Agência Brasil que, independentemente das divergências ideológicas,  Itamar é uma referência política no cenário nacional.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que Itamar deixará um vazio não só no cenário nacional como também em Minas Gerais. Segundo ele, a perda é grande para o Brasil. “O Senado Federal e o Brasil perdem um grande político”.

Para o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), o ex-presidente foi “um exemplo” de ética política.  “Em um tempo em que a dignidade é um produto em falta na prateleira política nacional, o desaparecimento de Itamar é uma perda irreparável”, disse.

Segundo o senador do PSDB, Itamar voltou ao Senado com muita disposição e talento e deixará um “vácuo irreparável na Casa”. O presidente nacional e líder do DEM, José Agripino Maia (RN), destacou que Itamar era respeitado mesmo por aqueles que discordavam de suas opiniões.

“O Itamar era acima de tudo um homem que não convivia com a improbidade, e todos o respeitavam por suas ideias”, afirmou Agripino. “Ele será referência pelo que sempre foi de posições fortes e senso de contestação”, acrescentou ele.  

O presidente nacional do PPS, deputado Roberto Freire (SP), lamentou a morte de Itamar, que era o vice-presidente da legenda, lembrando que ele era uma das figuras “mais respeitáveis da política brasileira”. “Um grande resistente pela democracia e contra a ditadura, um gestor público dos mais decentes e competentes”.

Freire acrescentou  que Itamar assumiu a Presidência da República (1992-1994) em um momento difícil e conseguiu fazer um governo marcante. “Foi no seu governo que se gestou o Plano Real, que mudou a história recente do país do ponto de vista econômico”, lembrou.

Edição: Nádia Franco