Iolando Lourenço, Renata Giraldi e Elaine Patrícia Cruz*
Repórteres da Agência Brasil
Brasília e São Paulo – Independentemente das divergências políticas, parlamentares de vários partidos ficaram consternados hoje (2) com a morte do ex-presidente e senador Itamar Franco, 81 anos. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), que teve embates com Itamar por causa de votações no Senado, lamentou a morte do ex-presidente.
“A perda de Itamar vai ser sentida em todo país, uma vez que ele era respeitado e querido de todos os brasileiros. Também será sentida no Senado, onde sua atuação estava sempre acima das questões partidárias. Itamar tinha um estilo peculiar de fazer política com afinco e garra. Era contundente nas suas posições que defendia, fazia política de forma dura e respeitosa”, disse Jucá.
Um dos momentos mais tensos do convívio de Jucá com Itamar foi em fevereiro, durante a votação da medida provisória (MP) que reajustou o salário mínimo para R$ 545. Na ocasião, Itamar usou dispositivos regimentais e conseguiu obstruir a votação, mantendo a sessão por quase três horas. Tenso, o líder do governo pediu a Itamar para suspender a obstrução. O governo acabou vitorioso.
Em São Paulo, o ex-governador, ex-prefeito de São Paulo e ex-deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) divulgou nota oficial lamentando a morte de Itamar. “Morreu um estadista, deixando um lugar difícil para ser preenchido. Ele enfrentou um dos momentos de maiores crises econômicas do país [por causa da hiperinflação]”, diz a nota.
*Colaborou Marcos Chagas
Edição: João Carlos Rodrigues