Da Agência Brasil
Brasília - Cerca de metade dos 20 mil servidores da área de saúde do Distrito Federal aderiram à greve da categoria deflagrada ontem (27), de acordo com balanço feito hoje (28) pelo Sindicato dos Empregados em Estabelecimento de Saúde do Distrito Federal (Sindsaúde-DF). A Secretaria de Saúde do DF não comentou os números, nem divulgou balanço sobre os impactos da greve nos hospitais da rede pública. Os servidores reivindicam aumento de salário, reajuste do auxilio alimentação e incorporação da gratificação de atividade técnico-administrativa (Gata). Médicos e enfermeiros, representados por outros sindicatos, não participam da greve.
"O que estamos pedindo é apenas aquilo que foi prometido pelo governador [do Distrito Federal] Agnelo [Queiroz]. O [reajuste salarial nos mesmos percentuais de aumento do] fundo constitucional [do DF], prometido na campanha [eleitoral], já foi dado para os servidores da educação, mas nós estamos esquecidos. Além disso, a Gata foi concedida aos médicos e não aos servidores. O governo precisa enxergar que o nosso trabalho é de fundamental importância e por isso pedimos respeito", disse Marli Rodrigues, diretora do Sindsaúde-DF.
Na manhã de hoje, cerca de mil trabalhadores participaram de uma passeata em frente ao Hospital de Base, maior hospital público do DF. De acordo com o sindicato, a secretaria de saúde ameaça cortar o ponto dos grevistas e não aceita a redução de jornada de trabalho pedida pelos servidores.
Amanhã (29), os grevistas vão fazer um "panelaço" na frente da Secretaria de Saúde. "Esperamos que, dessa vez, o governo possa nos ouvir para que a melhor decisão seja tomada, tanto para nós quanto para a população", disse a sindicalista.
Edição: Vinicius Doria