Yara Aquino e Renata Giraldi
Repórteres da Agência Brasil
Brasília – Ainda com dores no joelho esquerdo, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, evitou hoje (6) subir a rampa do Palácio do Planalto, optando pela entrada privativa do edifício. No salão principal, onde foi recebido pela presidenta Dilma Rousseff, e por ministros e diplomatas brasileiros e venezuelanos, Chávez, que está usando uma bengala, esbanjou simpatia e bom-humor.
Na fila de cumprimentos, o presidente venezuelano demorou bastante tempo. O primeiro a ser cumprimentado foi o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci. Cobrado pela oposição a prestar esclarecimentos sobre sua atuação antes de assumir o cargo, Palocci recebeu palavras de apoio do venezuelano. “Força, força”, repetiu o presidente, em espanhol.
Ao ver os jornalistas no Planalto, Chávez se dirigiu a eles e contou que durante um passeio em uma praia venezuelana ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi parado por um grupo de pessoas. Curioso, Chávez perguntou se aquelas pessoas eram da imprensa. Segundo o presidente, em coro, o grupo respondeu que “sim”, mas que também “era gente”. A brincadeira provocou risos entre os presentes.
É a segunda vez em que Chávez e Dilma se reúnem, a primeira foi em janeiro na posse da presidenta. No começo de maio, o venezuelano agendou visitas ao Brasil, Equador e a Cuba. Mas, segundo ele, por recomendação médica, adiou as viagens para ficar de repouso por causa de uma inflamação no joelho esquerdo.
A vinda de Chávez ao Brasil estava marcada para o último dia 10, mesmo dia que o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS, na sigla em inglês) divulgou relatório denunciando que o presidente da Venezuela havia prometido enviar, em 2007, US$ 300 milhões às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A informação foi negada pelas autoridades venezuelanas.
Edição: Juliana Andrade