Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Hoje (6), após reunião de quase dez horas da Comissão de Ética Pública da Presidência da República, o presidente interino da comissão, Roberto Caldas, evitou falar sobre as suspeitas em torno do aumento do patrimônio do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci.
Caldas alegou que não é permitido aos membros da comissão falar publicamente sobre procedimentos "eventualmente abertos". "A comissão, por determinação legal, não pode revelar procedimentos preliminares de ética eventualmente abertos", afirmou. Ele também não disse se o assunto Palocci foi objeto de discussão da reunião. A Comissão de Ética Pública se reúne ordinariamente a cada mês.
No mês passado, o presidente da comissão, Sepúlveda Pertence, disse que o caso Palocci estava encerrado. Pertence alegou, na época, que a evolução patrimonial do ministro, indicada em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, ocorreu em um período em que ele não participava do governo e, portanto, não caberia à comissão julgá-lo.
De acordo com o jornal, o ministro-chefe da Casa Civil aumentou em 20 vezes seu patrimônio entre os anos de 2006 e 2010, período em que atuou como deputado federal.
Edição: Aécio Amado