Da Agência Telam
Brasília – Depois de uma reunião ontem (30) com o líder da Líbia, Muammar Khadafi, o presidente da África do Sul, Jacob Zuma, afirmou que o líbio está “pronto para uma trégua no conflito”. Khadafi, porém, segundo Zuma, fez uma série de exigências. Há quase quatro meses, o país está sob confrontos acentuados depois dos ataques da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). A comunidade internacional pressiona Khadafi a abrir mão do poder, depois de 42 anos.
Khadafi se recusa, por exemplo, a sentar-se a uma mesa de negociações com representantes da oposição. O encontro de Zuma com Khadafi foi mostrado em imagens da rede estatal líbia de televisão, que não forneceu detalhes da reunião. Porém, foram as últimas imagens do líder líbio.
Zuma afirmou a Khadafi que a União Africana (UA) quer a imposição de um cessar-fogo imediato e autorização para a distribuição de ajuda humanitária à população, além da implementação de reformas para eliminar as causas do conflito.
Na visita à Líbia, Zuma conversou com o primeiro-ministro do país, Al Bahdadi, e o ministro do Interior, Abdelati Al Obeidi. A União Africana condenou a adoção de uma área de exclusão aérea, coordenada pela Otan, com ataques constantes ao país desde março.
Desde o início das operações, a Otan lançou mais de 8.800 ataques aéreos. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a resolução adotada na Líbia é para proteger os civis que estão em meio ao conflito. Mas há informações que civis também foram alvos dos ataques tanto da Otan quanto das forças leais a Khadafi.