Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Alto Comissariado para os Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu hoje (31) que considera graves os assassinatos de dois procuradores do Ministério Público, na Guatemala e em Honduras. Para as autoridades da ONU, as mortes indicam que os grupos organizados agem destemidamente e querem criar um clima de insegurança, aumentando ainda mais a violência na região.
Na Guatemala, em julho de 2010, o procurador adjunto Nicolás Rufino Velázquez foi degolado e o corpo dele jogado em um saco de plástico perto da sede do governo do estado de Cóban. Para as autoridades guatemaltecas, os responsáveis pelo crime foram integrantes do cartel mexicano de Los Zetas.
Em dezembro de 2010, o governo da Guatemala decretou Estado de Sítio no Norte do país em decorrência da ação de Los Zetas. O grupo de Los Zetas controla parte do narcotráfico e do tráfico de pessoas, assim como o cartel El Golfo, também mexicano.
Na semana passada, em Honduras, o promotor Raúl Reyes Carbajal, da região de San Pedro Sula, foi morto por pistoleiros. Reyes comandava as investigações sobre os assassinatos de sete jovens durante uma operação policial, em 2010.
O Ministério Público de Honduras determinou o reforço no esquema de segurança dos profissionais da área em todo país. O chefe da fiscalização do Ministério Público, Luis Alberto Rubi, afirmou que o crime envolvendo Reyes será apurado.
Edição: Lana Cristina