Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O setor da moda ganha hoje (31) à noite a segunda edição bilíngüe, revista e ampliada, do guia Rio Capital da Moda, destinada ao fortalecimento do setor de vestuário fluminense. A publicação traça um roteiro completo da moda carioca e do estado e será distribuída gratuitamente a compradores nacionais e estrangeiros que participam esta semana do salão de negócios de moda e design Rio-à-Porter, que ocorre simultaneamente ao Fashion Rio, no Pier Mauá.
O guia é apoiado pelo governo do estado do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços (Sedeis), em conjunto com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
De acordo com a subsecretária estadual de Comércio e Serviços, Dulce Ângela Procópio, o guia reúne a produção com o consumo. “Você tem a criatividade, produz e precisa chegar até o consumidor final. Esse é um instrumento para aumentar as vendas do produto da moda do Rio de Janeiro”.
De olho no comprador estrangeiro, a Sedeis está iniciando um trabalho em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil). Os projetos em desenvolvimento objetivam trazer compradores para a região serrana do estado, devastada pelas chuvas de janeiro passado, e preparar as empresas para exportar, com a ajuda da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).
A edição do guia Rio Capital da Moda é uma das iniciativas do Programa Rio Capital da Indústria Criativa. Trata-se de um conjunto de ações e projetos que visam ao desenvolvimento da economia criativa na capital fluminense, com destaque para a moda e o design, disse Dulce.
Os números da indústria criativa vêm crescendo ao longo dos anos no Brasil. “No Rio de Janeiro, eles são maiores do que a média nacional”, assinalou Dulce. A subsecretária reconheceu que a quantidade de produções cinematográficas puxa esses dados de maneira significativa. Ela ressaltou, entretanto, que a moda é um dos segmentos mais importantes para a indústria criativa, inclusive pela geração de empregos. “Por menor que seja a empresa, ela emprega entre 40 e 50 pessoas diretamente”. Esse contingente aumenta com as contratações temporárias em períodos de maior produção.
Um dos destaques do novo guia Rio Capital da Moda é a inclusão de 27 ateliês, que se destacam pelos produtos exclusivos, voltados para um público mais sofisticado. Estão listados também na publicação 14 polos de moda que reúnem cerca de 3 mil pequenas empresas, além de cooperativas de artesãos e de comunidades que produzem moda. Para atender aos compradores atacadistas, o guia apresenta contatos, endereços e mapas de 164 marcas do setor de vestuário e acessórios.
Cerca de 3 mil exemplares do guia serão distribuídos a compradores até o final do Fashion Rio e do Rio-à-Porter, no próximo sábado (4).
Edição: João Carlos Rodrigues