Semana de combate à exploração de crianças e adolescentes terá atividades em Brasília e no Rio de Janeiro

17/05/2011 - 8h26

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Há 38 anos a menina Araceli Cabrera Crespo, de 8 anos, foi sequestrada, drogada, estuprada e morta em Vitória (ES). Ela desapareceu quando voltava da escola e foi encontrada morta com o rosto desfigurado, marcas de agressão física e sexual. Os suspeitos do crime pertenciam a importantes famílias da cidade e, apesar de terem sido condenados, recorreram da decisão e foram posteriormente inocentados. Ninguém foi punido pelo crime até hoje.

A menina morta em 18 de maio de 1973 tornou-se um símbolo na luta contra esse tipo de violência e, em homenagem a ela, foi criado o Dia de Combate à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, em 2000. Entidades que atuam na defesa dos direitos dessa população e governos promovem durante toda a semana atividades para conscientizar e informar a sociedade sobre os crimes cometidos contra menores.

O principal evento será realizado na quarta-feira (18), na Esplanada dos Ministérios. São esperadas 1,3 mil crianças que devem participar de apresentações artísticas e oficinas. No mesmo dia, o Supremo Tribunal Federal (STF) promove um encontro para discutir as experiências de tomada de depoimento especial de crianças e adolescentes no Judiciário brasileiro. Também está previsto o lançamento da matriz de um plano nacional de enfrentamento da violência sexual, no Palácio do Planalto.

Hoje, no Rio de Janeiro, a prefeitura abre as atividades da Semana de Sensibilização contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes na Cidade Rio de Janeiro, no Largo da Carioca, às 14h. Um show no Teatro Municipal, às 20h, promovido pela Fundação Childhood, irá reunir grandes nomes da música nacional como Caetano Veloso, Djavan, Seu Jorge e outros artistas.

Na quinta-feira (19), um seminário na Câmara dos Deputados discutirá experiências de legislação contra castigos corporais, organizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a Embaixada da Suécia, a organização Save the Children e a Comissão de Direitos Humanos da Casa.

 

Edição: Lílian Beraldo