Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa, Nelson Jobim, criticou hoje (17) a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), por não levar às comunidades pacificadas os cursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), visando à formação profissional dos moradores. “Onde está o Sistema S do Rio de Janeiro, por exemplo, trabalhando no Morro do Alemão? Por que não estão lá aqueles caminhões de formação de mão de obra qualificada?”, perguntou o ministro.
Jobim disse que o Sistema S é resultado do recolhimento de tributos pagos por toda a sociedade e, por isso, poderia instalar unidades de formação profissional no Complexo do Alemão, “para dar, inclusive, um sentido econômico a essas pessoas que estão se afastando do narcotráfico”.
Em resposta, a diretoria da Firjan esclareceu, em nota, que foi a primeira instituição a apoiar as unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) “e ser reconhecida publicamente pelo governo do estado do Rio de Janeiro e pela Secretaria de Segurança [Pública] do estado como parceiro de primeira hora”.
De acordo com a Firjan, o Programa Sesi Cidadania atendeu cerca de 50 mil pessoas entre fevereiro do ano passado até hoje, por meio de ações de educação básica, educação profissional, saúde, cultura, esporte e lazer em 15 comunidades já pacificadas no município do Rio de Janeiro. "Daí, lamentarmos profundamente as declarações deselegantes, descabidas e desinformadas do senhor ministro da Defesa, Nelson Jobim”, diz a nota da Firjan.
Edição: Aécio Amado