Agência Lusa
Brasília – Sem direito à fiança, o diretor-presidente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, permanecerá preso preventivamente em Nova York. A decisão é da juíza Melissa Jackson, da Corte Criminal de Manhattan, em Nova York. Ela negou o direito de pagamento de fiança e marcou para o próximo dia 20 nova audiência com Strauss-Khan.
Na Justiça dos Estados Unidos, Strauss-Kahn é acusado de cometer sete crimes, cujas penas somam 74 anos de prisão. Suspeito de agressão sexual a uma camareira do Hotel Sofitel, onde se hospedou no fim de semana, Strauss-Kahn negou as acusações. Ele foi detido quando já estava na aeronave da Air France, no Aeroporto J.F. Kennedy, em Nova York, que iria para Paris.
Um dos advogados de Strauss-Kahn Benjamin Brafman afirmou estar “desiludido com a decisão do tribunal”. “A batalha apenas começou”, afirmou. “Estamos evidentemente desiludidos com a decisão do tribunal. Acreditamos na inocência de Strauss-Kahn e pensamos que o nosso caso é defensável”, disse. “É importante compreender que esta batalha apenas começou”, acrescentou Brafman.
A juíza nova-iorquina alertou sobre o risco de fuga para ordenar a prisão de Strauss-Kahn. Na audiência, hoje (16), a defesa pediu a libertação do diretor-presidente do FMI sob pagamento de fiança no valor de US$ 1 milhão e garantiu que ele ficaria Nova York, na casa da filha dele. Strauss-Kahn também entregou o passaporte à Justiça norte-americana.