Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Plano Brasil sem Miséria, que visa a acabar com a pobreza extrema no país, terá como foco capacitar as pessoas para que possam ter seu próprio sustento. É o que informou o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho. De acordo com ele, a ideia é “ensinar a pescar”. A previsão é que o lançamento ocorra em junho. Antes, o governo que ouvir a opinião da sociedade.
Carvalho nega que o programa tenha a finalidade de corrigir falhas no Bolsa Família, maior programa de transferência de renda governamental, iniciado na gestão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro alega que o Brasil Sem Miséria é uma continuação.
“Se o Bolsa Família, digamos, veio trazer o peixe, dar o primeiro socorro, esse programa [Brasil sem Miséria] visa a localizar efetivamente aqueles que nem o Bolsa Família conseguiu; que estão totalmente na exclusão, como moradores de rua. É buscar dar o mínimo de dignidade, qualificação e meios para que possam sobreviver do seu próprio trabalho. Ele só existe porque o Bolsa Família cumpriu a primeira etapa”, disse Carvalho, após participar do programa de rádio Bom Dia, Ministro, produzido pela Secretaria de Comunicação Social em parceria com a EBC Serviços.
A partir da próxima semana, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, irá debater o plano com organizações não governamentais, igrejas, movimentos sociais e centrais sindicais. “É fundamental que elas possam dar sua ideia, críticas e sugestões para que o programa seja o mais efetivo possível”, destacou Carvalho.
Até 2014, o desafio é tirar cerca de 16 milhões de brasileiros da miséria – são famílias que ganham até R$ 70 per capita por mês. A maioria delas é negra ou parda, jovem e vive na Região Nordeste, de acordo com um levantamento divulgado pelo governo a partir de dados cruzados do Censo 2010.
A ministra Tereza Campello tem dito que o programa será uma combinação de transferência de renda, capacitação profissional e ampliação da oferta de serviços públicos, como energia elétrica e água encanada.
Edição: Talita Cavalcante