Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Reduzir pela metade o número de atropelamentos e mortes em acidentes de trânsito na cidade de São Paulo. Esta é a meta da campanha lançada hoje (11) na capital paulista. Só no ano passado, foram registrados 7.007 atropelamentos, que causaram 630 mortes.
Segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), 90% dessas ocorrências estão relacionados ao mau comportamento ao volante ou ao descuido de pedestres, que cruzam as vias em qualquer ponto.
Para reverter esse quadro, a prefeitura de São Paulo elaborou o Programa de Proteção ao Pedestre, criando oito zonas de Máxima Proteção ao Pedestre (ZMPPs), no centro e região da Avenida Paulista; nos bairros de Santana, na zona norte; no Brás e Penha, na zona leste; na Lapa e Pinheiros, na zona oeste, e em Santo Amaro, na zona sul.
Esse programa foi criado em sintonia com a campanha mundial da Organização das Nações Unidas (ONU), que estabeleceu o período de 2011 a 2020 como a Década de Ação para a Segurança Viária com a meta de que os acidentes no mundo todo caiam em pelo menos 50%. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que, em 2009, ocorreram l,3 milhão de mortes em acidentes de trânsito em 178 países.
Na primeira etapa, que deve se prolongar até o final deste semestre, o programa será executado nos cruzamentos mais movimentados da região central, onde 77 orientadores de travessia vão atuar das 9hh às 15h. Apesar de ocupar apenas 1% do território da cidade, os locais escolhidos concentram 11,5% de todos os atropelamentos. Algumas faixas foram espalhadas pela região central com o lema da campanha: “Dê Preferência à Vida”.
Por atrair moradores das mais variadas regiões da cidade, esses pontos deverão favorecer o alcance das mensagens educativas, diz o secretário municipal dos Transportes e Serviços de São Paulo, Marcelo Branco. Segundo ele, os motoristas precisam respeitar o pedestre e a faixa de segurança.
Edição: João Carlos Rodrigues