Da Agência Lusa
Brasília – Os representantes dos 27 países-membros da União Europeia (UE) se reúnem hoje (29) para avaliar a proposta de ampliação de sanções à Síria em resposta às últimas decisões do governo do presidente sírio, Bashar Al Assad, que reagiu com violência aos protestos de manifestantes contrários à sua gestão. A alternativa foi confirmada pela chefe da Diplomacia do bloco, Catherine Ashton.
Os líderes da União Europeia avaliarão a possibilidade de suspender a ajuda financeira à Síria no que se refere às políticas de cooperação, de fundos e de créditos do Banco Europeu de Investimentos. Atualmente o bloco repassa aproximadamente 210 milhões de euros em ajudas e empréstimos à Síria.
De acordo com integrantes da UE, se o novo bloco de restrições à Síria for aprovado, apenas os fundos entregues diretamente ao governo sírio serão afetados, mantendo-se os projetos destinados a melhorar a vida da população.
Também serão avaliadas as sugestões de proibição de entrada em território europeu e congelamento dos bens dos responsáveis pela repressão das manifestações. Um embargo de armas pode também ser adotado.
O secretário-geral da União Europeia, Pierre Vimont, reiterou a possibilidade de aumentar as
restrições à Síria. “Duvido que existam grandes dificuldades por parte dos países europeus [de aprovar as sanções], uma vez que a repressão é tão evidente e tão forte”, disse ele.
Segundo Vimont, há uma tendência geral da comunidade europeia de “enviar uma mensagem” a Assad sobre a rejeição às suas últimas decisões. “Não se trata de adotar sanções com o simples objetivo de adotá-las. Mas se trata de enviar a mensagem certa a Damasco para que [as autoridades] parem com a repressão e enveredem pelo caminho do diálogo com a oposição”, afirmou.
De acordo com Vimont, é necessário haver um acordo de todos os 27 países-membros da União Europeia. “Se for tomada a decisão, será uma decisão de princípio”, disse ele. “É necessário elaborar uma lista das personalidades que serão sujeitas a essas restrições para que as sanções entrem em vigor.”