Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – No Dia Mundial de Combate à Malária, a Organização das Nações Unidas (ONU) fez um apelo para que a doença seja erradicada até 2015. A cada ano, mais de 780 mil pessoas, na maioria crianças, morrem em decorrência da malária. Em uma mensagem divulgada hoje (25), o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, pediu aos países que se esforcem para zerar o número de mortes provocadas pela doença até 2015.
De acordo com a ONU, a distribuição de mosquiteiros com inseticida tem ajudado a salvar centenas de vidas na África Subsaariana, região com alto índice de casos de malária, mas a luta contra a doença precisa ser intensificada em todo o mundo.
De 2005 a 2009, o número de casos e mortes de malária caiu pela metade no Brasil, passando de 607.801 notificações para 306.908, conforme balanço divulgado no fim do ano passado pelo Ministério da Saúde. As mortes cairam de 122 para 58 no mesmo período.
Para o governo, a queda está relacionada à ampliação do diagnóstico e ao acesso ao tratamento. No entanto, a incidência da doença ainda é alta, principalmente nos estados da Amazônia Legal, que concentram quase a totalidade (98%) das notificações no país. Em 2009, Pará e Amazonas lideraram as estatísticas, com quase 100 mil casos cada um.
A malária é causada por um parasita transmitido pela picada da fêmea infectada do mosquito Anopheles. Os sintomas são fraqueza, febre alta, calafrios e dores de cabeça e no corpo. Uma pessoa pode ser infectada várias vezes. Jovens com até 29 anos de idade, mulheres e crianças são as principais vítimas. Não há vacina contra a malária. As formas de prevenção são o uso de telas em portas e janelas, mosquiteiros com inseticida e repelentes. O tratamento dura uma semana.
Edição: Vinicius Doria