Da Agência Lusa

Brasília – As cidades de Homs e Douma, na Síria, registraram hoje (22) confrontos entre manifestantes e forças policiais que deixaram sete feridos. A onda de protestos contra o governo do presidente Bashar Al Assad tem mais de um mês e é marcada por momentos de violência. As manifestações se espalham por todo o país, exigindo a saída do presidente, o fim da corrupção e mais liberdade política. Árabes, curdos e cristãos se uniram aos protestos.

Um dos líderes do movimento, Nawar Al-Omar, disse que as forças de segurança abriram fogo para dispersar três grupos de manifestantes que se dirigiam para a praça central, em Homs. "Pelo menos duas pessoas ficaram feridas", afirmou ele.

Outras testemunhas relatam que houve disparos em Douma, perto de Damasco. As forças de segurança sírias usaram gás lacrimogêneo e balas para dispersar milhares de manifestantes concentrados hoje em várias cidades do país.

Cerca de 2 mil pessoas também aderiram aos protestos em Damasco, enquanto em Qamishli, no Nordeste da Síria, houve uma manifestação com aproximadamente 6 mil no centro da cidade. Em Deraa, cerca de 10 mil manifestantes se concentraram na praça no centro da cidade em protesto contra o governo Assad.

As manifestações ocorreram mesmo depois de Assad ter assinado ontem decreto determinando o fim do Estado de Emergência, em vigor desde 1963 no país. Para os opositores, a medida é insuficiente. Árabes, curdos e cristãos assírios aderiram aos protestos. Alguns levavam faixas onde se lia: "Árabes, sírios e curdos contra a corrupção". Outros gritavam em língua curda: "liberdade, fraternidade".