Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Procuradoria-Geral do Egito decidiu hoje (22) prolongar por mais 15 dias o período de prisão preventiva do ex-presidente do país Hosni Mubarak, de 82 anos. A ordem foi dada pelo procurador Abdel Meguid Mahmud, que determinou ainda o prosseguimento dos interrogatórios de Mubarak, internado em um hospital internacional na cidade balneária de Sharm El Sheikh desde o último dia 12.
As informações são da agência pública de notícias de Portugal, Lusa. Ontem (21) foram divulgadas informações de que o estado de saúde de Mubarak era instável, mas não foram fornecidos detalhes sobre a causa da internação, nem o que ele sente. A mulher de Mubarak, Suzanne Thabet, é sua acompanhante no hospital.
Desde que renunciou em 11 de fevereiro, Mubarak passou a viver com a família em Sharm El Sheikh. Mas na semana passada, a Justiça expediu ordens de prisão contra ele e os dois filhos, Gamal e Alaa. As ordens de prisão preventiva foram expedidas com validade de 15 dias.
Mubarak e os filhos são acusados de envolvimento na morte de 846 pessoas – que participaram de protestos contra o governo no começo deste ano – além de denúncias de corrupção.
A internação de Mubarak, na semana passada, foi cercada de mistérios. Integrantes do governo de transição também não se manifestaram sobre o que levou à hospitalização do ex-presidente do Egito. Nos mais de 30 anos que esteve no poder, o ex-presidente também mantinha em segredo os temas relativos à saúde.
Mubarak tenta manter-se internado no hospital de Sharm El Sheik embora a Procuradoria-Geral do Egito tenha pedido sua transferência para um hospital militar no Cairo. Há informações de que, no último dia 12, quando era interrogado, Mubarak se recusava a alimentar-se e beber água.
Edição: Fernando Fraga