Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A proibição do governo do Japão da entrada, a partir da meia-noite de hoje (21) – cerca das 12h em Tóquio -, de pessoas em um raio de 20 quilômetros ao redor da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, no Nordeste do país, levou dezenas de moradores à área. Muitos tentam retirar de casa o que é possível, pois não há estimativa de quanto tempo a proibição ficará em vigor.
As informações são da rede estatal de televisão, NHK. De acordo com relatos, muitas pessoas foram vistas carregando transportando roupas, eletrodomésticos e outros bens de suas casas. Cerca de 80 mil moradores tiveram que deixar suas residências e foram evacuados e atualmente estão abrigados em ginásios e instalações públicas.
Há um posto provisório de fiscalização na região de Fukushima, onde os policiais checam as carteiras de motorista daqueles que tentam ingressar na área. O objetivo é permitir a entrada apenas de moradores para evitar o risco de saques, pois muitas casas e prédios públicos e privados permanecem desocupados.
A espera para os moradores poderem voltar às suas casas na região deve ser longa. A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que administra a usina, calcula que serão necessários cerca de três meses para reduzir a radioatividade e entre seis a nove meses para dar ter o controle total dos reatores.
Na manhã de hoje o primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, anunciou a imposição de uma zona de entrada proibida em um raio de 20 quilômetros em torno da usina. Quem desobedecer à decisão será multado. A medida foi tomada para evitar o agravamento do vazamento de radiação que ocorre desde o terremoto seguido de tsunami, de 11 de março.
Edição: Juliana Andrade