Fidel pede a jovens que apoiem mudanças sugeridas por Raúl Castro e se esforcem para manter socialismo

18/04/2011 - 16h02

Da Agência Lusa

Brasília – O ex-presidente de Cuba Fidel Castro pediu hoje (18) aos participantes do 6º Congresso do Partido Comunista que aprovem as reformas propostas por seu irmão e atual presidente do país, Raúl Castro. Segundo Fidel, é fundamental que os cubanos se esforcem para preservar o regime socialista no país. Os apelos ocorrem no momento em que Cuba passa por mudanças econômicas que propõem o estímulo à iniciativa privada.

“A nova geração é chamada para continuar demonstrando que o socialismo é também a arte de realizar o impossível: construir e levar a cabo a revolução dos humildes, pelos humildes e para os humildes, e defendê-la durante meio século da mais poderosa potência que jamais existiu”, disse Fidel, que não participou do congresso, mas expôs suas opiniões na coluna publicada no portal da web cubadebate.cu.

A principal proposta de Raúl Castro é para que seja imposta uma limitação aos mandatos dos políticos em Cuba. A ideia é autorizar, no máximo, dois mandatos de cinco anos cada. Fidel disse que acompanhou apenas parte dos debates ocorridos durante o congresso. Irônico, ele comentou: “eram tantas as comissões que, como é lógico, não pude ouvir todos os que falaram”.

Em seguida, o ex-presidente afirmou que que aproveitou os intervalos (das reuniões do congresso) para "respirar com calma e consumir algum energético”. Para Fidel, a tarefa dos congressistas “é mais difícil do que a assumida” pela sua “geração, quando se proclamou o socialismo em Cuba, a 90 milhas [150 quilômetros] dos Estados Unidos”.

O ex-presidente ressaltou que os que assumem cargos públicos têm missões bem definidas. “É dever da nova geração de homens e mulheres revolucionários ser modelo de dirigentes modestos, estudiosos e incansáveis lutadores pelo socialismo. Sem dúvida, constitui um difícil desafio, na época bárbara da sociedade de consumo, superar o sistema de produção capitalista que fomenta e promove os instintos egoístas do ser humano”, disse ele.