Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Pai do adolescente Roger, de 15 anos, um dos estudantes que avisaram a polícia sobre o tiroteio na Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, Renato Cunha voltou hoje (11) ao colégio para recolher o material do filho. A mochila, que ainda tem manchas de sangue, será descartada para que o filho não se lembre da tragédia. “Vou tirar o material que está aqui dentro e vou jogar a mochila fora”, disse Renato. No final da manhã, a escola passou a liberar a entrada dos pais.
Roger estava em uma das salas em que o atirador Wellington Menezes de Oliveira entrou e matou parte das 12 crianças. Ele e seu irmão, que também estuda na escola, não querem mais entrar na Tasso da Silveira. “Eles não querem nem passar pelas ruas perto”, afirma o pai.
No entanto, Renato faz questão que os dois continuem estudando na escola, onde ocorreu a tragédia, na quinta-feira (7). “Vai ter muita conversa com os psicólogos. Tenho certeza que, com a ajuda dos profissionais, vamos superar esse problema. Faço questão que eles estudem aqui”, disse.
Seu filho Roger conseguiu avisar os policiais depois de fugir da escola, em meio aos tiros, e encontrar uma blitz rodoviária na Rua Piraquara. Os policiais militares conseguiram chegar rápido à escola e impedir que o atirador fizesse mais vítimas. “Eu nunca tinha visto uma blitz na Rua Piraquara antes. Foi Deus mesmo que colocou os policiais ali, naquele dia.”
Edição: Talita Cavalcante