Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo chinês aprovou hoje (11) três frigoríficos brasileiros para a abertura, pela primeira vez, de seu mercado à carne suína do Brasil. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, a liberação ocorre cinco meses depois de uma missão chinesa vir ao país para inspecionar 13 indústrias.
O anúncio foi feito durante o primeiro dia da visita da presidenta Dilma Rousseff à China. “Com a aprovação das indústrias de suínos do Brasil, estamos cumprindo parte da missão que a presidenta Dilma Rousseff nos deu de ampliar a venda de produtos de maior valor agregado”, afirmou, em nota, o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, que faz parte da comitiva presidencial.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs), Pedro de Camargo Neto, que também participa da comitiva, disse que ainda não se sabe quais são os frigoríficos aprovados, mas comemorou a decisão. “Representa o início da abertura do mercado para a carne suína brasileira. Continuaremos a trabalhar para a habilitação dos frigoríficos restantes”, afirmou.
Segundo o Ministério da Agricultura, a expectativa é que nos próximos meses a lista de frigoríficos aptos a exportar carne suína para a China seja ampliada, com o esclarecimento de questionamentos dos chineses em relação às demais indústrias. “Os chineses respondem por 50% da carne suína produzida no mundo, porém estão cada vez mais aumentando a renda per capita e devem ampliar o consumo de carnes”, disse, por meio de nota, o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura, Célio Porto, ressaltando a importância do anúncio.
Atualmente, a China importa carne bovina e de frango do Brasil. Em 2010, as importações chinesas renderam ao Brasil US$ 225,6 milhões, sendo US$ 219,6 milhões apenas de carne de frango, tornando o Brasil o principal fornecedor de carne de aves para os chineses. De acordo com o Ministério da Agricultura, desde 2008, a China é a maior compradora de produtos agropecuários brasileiros, aumentando suas compras em 214% nos últimos três anos (US$ 3,5 bilhões em 2007 para US$ 11 bilhões em 2010).
Edição: Nádia Franco