Dilma deve tratar de reforma do Conselho de Segurança com autoridades chinesas

10/04/2011 - 12h01

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil


Brasília – A expectativa da presidenta Dilma Rousseff de obter apoio da China em favor da reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e do ingresso do Brasil como membro permanente do órgão pode ser parcialmente frustrado. O embaixador da China no Brasil, Qiu Xiaoqi, disse que a falta de consenso em torno da proposta deve adiar quaisquer decisões sobre o tema.

Segundo Xiaoqi, o assunto ainda precisa de mais tempo para discussão. “Da parte da China, acreditamos que, enquanto houver divergências, será preciso ter mais diálogo e consultas. [A precipitação] vai afetar a solidariedade e a unidade dos membros da ONU [Organização das Nações Unidas] e isso não vai beneficiar a parte alguma.”

Ao passar pelo Brasil, no mês passado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse ser favorável à reforma do Conselho de Segurança, mas não sinalizou que apoiará o pleito brasileiro. O assunto deve ser tema da reunião de Dilma com o presidente chinês, Hu Jintao, e o primeiro-ministro Wen Jiabao.

No Conselho de Segurança, os cinco membros permanentes são Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra. Os que detêm assentos rotativos são Brasil, Turquia, Bósnia Herzegovina, Gabão, Nigéria, Áustria, Japão, México, Líbano e Uganda. Há várias propostas para a reforma do órgão em discussão. Para o Brasil, o ideal é aumentar de 15 para 25 vagas – das quais 11 deverão ser ocupadas de forma permanente.

Dilma chega amanhã (11) à China onde fica até o dia 18.

 

Edição: Lílian Beraldo