Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O perfil do atirador Wellington Menezes de Oliveira, de 23 anos, ainda é desconhecido para as autoridades do Rio de Janeiro. As investigações sobre o jovem, que provocou uma das piores tragédias ocorridas no país, serão intensificadas hoje (8). Parentes, amigos e vizinhos de Oliveira prestarão depoimentos, além de funcionários e estudantes da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, no Rio – onde ocorreu o crime.
Investigações preliminares indicam que Oliveira apresentava um comportamento estranho nos últimos meses, desde que a mãe adotiva morreu, no ano passado. O pai já havia morrido. De acordo com os relatos, o atirador era introvertido e gostava de passar longas horas em frente ao computador navegando na internet.
Filho de mãe com problemas mentais que tentou o suicídio, Oliveira era o caçula de cinco filhos e foi adotado ainda criança. Tímido e retraído, segundo vizinhos, o atirador fazia poucas referências sobre a vida pessoal. Um dos relatos de conhecidos dele informa que Oliveira mudou a aparência nos últimos meses, passando a usar basicamente roupas pretas.
Na carta deixada por Oliveira, o atirador demonstra ter premeditado o crime, pois faz recomendações sobre como quer ser enterrado e o que deve ser feito com uma casa que deixou em Sepetiba, na zona oeste do Rio. Também pede perdão a Deus pelo ato que cometeu dando a entender que havia planejado detalhes da ação.
Ontem (7), policiais encontraram a casa de Oliveira, em Sepetiba, revirada com o computador e eletrodomésticos queimados. Para alguns policiais, o próprio atirador destruiu possíveis provas ou indícios que pudessem colaborar nas investigações. O último emprego de Oliveira foi como funcionário de uma fábrica de salsichas e ele pediu demissão no ano passado.
Edição: Talita Cavalcante