Da Agência Lusa
Brasília - A União Europeia (UE) decidiu hoje (6) impor novas sanções ao regime do presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo. Ele resiste em abrir mão do poder e transmitir o cargo a Alassane Ouattara, que venceu as eleições presidenciais, em novembro de 2010. Os europeus aprovaram a proibição de compra de obrigações ou títulos financeiros e de concessão de empréstimos ao regime marfinense.
Pela decisão da UE, a medida se estende também aos colaboradores de Gbagbo, que ficam impedidos de viajar para países europeus e também se submetem ao congelamento de bens nas áreas do bloco. No total, as sanções envolvem 91 nomes, incluindo Gbagbo e a mulher dele, Simone.
As primeiras sanções da UE à Costa do Marfim foram impostas no final de 2010. A União Europeia intensificou as restrições, segundo o comunicado divulgado, por causa da “gravidade da situação” no país. Há estimativas de que cerca de 800 pessoas morreram em decorrência dos confrontos entre as forças de Gbagbo e de Ouattara.
Na Costa do Marfim os combates se intensificaram com a entrada em cena das forças das Nações Unidas e da França. A crise começou há mais de quatro meses, na sequência das eleições presidenciais de 28 de novembro. Na ocasião, Ouattara foi reconhecido como presidente eleito pela maioria da comunidade internacional, mas o adversário Gbagbo se recusa a deixar o poder com o argumento de que a vitória do oponente nas urnas foi irregular.