Da Agência Lusa
Brasília – No próximo dia 26, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, discutirão a situação dos imigrantes que buscam apoio dos dois países e a crise na Líbia. Nos últimos anos, franceses e italianos aumentaram o rigor no tratamento dispensado aos imigrantes sob a alegação de que cresceu o número de pedidos de autorização para permanecer nesses países de forma ilegal.
Nas últimas semanas, a Itália apresentou uma reclamação à União Europeia, particularmente da França, sobre a falta de solidariedade na gestão da crise envolvendo os imigrantes. Pelos dados oficiais da Itália, cerca de 22 mil imigrantes chegaram a território italiano desde o início do ano – a maioria da Tunísia.
As autoridades italianas anunciaram a abertura de centros de acolhimento destinados aos imigrantes nas fronteiras para quem tem interesse em seguir para a França e Alemanha. Em relação à Líbia, os italianos reagem também às posições assumidas por Sarkozy nas operações militares.
Durante a crise na Líbia, Berlusconi resistiu a criticar o presidente líbio, Muammar Khadafi, com quem mantém uma relação de proximidade. Em 2008, Berlusconi e Khadafi assinaram um tratado de amizade destinado a aumentar as relações econômicas e comerciais entre a Itália e a Líbia. O italiano ENI é o primeiro grupo petrolífero estrangeiro na Líbia.