Chávez fará em maio primeira visita oficial ao Brasil no governo Dilma

06/04/2011 - 6h14

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Depois de quatro meses no governo, a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, terão reunião de trabalho em Brasília. Chávez confirmou sua visita ao Brasil para 10 de maio – uma terça-feira. Inicialmente, ele havia marcado para o último dia 28, mas os desencontros de agendas levaram ao adiamento da viagem. O objetivo é reforçar as parcerias e investimentos comuns, além da integração fronteiriça.

No começo de fevereiro, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, esteve em Caracas quando conversou com o chanceler venezuelano, Nicolas Maduro. Patriota e Maduro definiram que o Brasil e a Venezuela deverão intensificar as parcerias nos setores de mineração e petróleo.

Empresas dos dois países mantêm ligações, principalmente nos setores de mineração e construção civil. No ano passado, o comércio entre o Brasil e a Venezuela atingiu US$ 4,68 bilhões, com saldo positivo para o Brasil de mais de US$ 3 bilhões. Atualmente, o Brasil é o terceiro parceiro comercial da Venezuela.

Durante a campanha presidencial brasileira, Chávez disse ser um admirador de Dilma. Após os resultados das eleições, o presidente venezuelano foi um dos primeiros a enviar mensagem à presidenta e postar recados na rede social Twitter.

Na cerimônia de posse em Brasília, o venezuelano conversou rapidamente com Dilma e os dois acertaram de se reunir ainda neste semestre. No fim do mês passado, Chávez fez uma série de viagens à América do Sul – ele visitou a  Argentina, o Uruguai e a Bolívia. Por onde passou, o presidente da Venezuela defendeu o  fortalecimento da integração regional.

Em Buenos Aires, Chávez recebeu o prêmio Rodolfo Walsh de defesa da liberdade de expressão, concedido pela Faculdade de Jornalismo da Universidade Nacional de La Plata. A premiação gerou polêmica, considerando que o presidente é acusado por empresários do setor de comunicação de impor censura e restrições à mídia na Venezuela.

Edição: Graça Adjuto