Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Durante o encontro com a base aliada, hoje (24), no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff voltou a criticar a prática de apedrejamento de mulheres, usada no Irã. Dilma se referiu ao ato como "degradante".
A presidenta já havia criticado o Irã na entrevista que concedeu ao jornal norte-americano Washington Post, no ano passado, logo após ser eleita.
A declaração desagradou o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad. Recentemente, o porta-voz de Ahmadinejad, Ali Akbar Javanfekr, esteve no Brasil para tentar uma aproximação com Dilma e evitou falar no assunto. No entanto acabou admitindo que o presidente iraniano considera a presidenta "mal informada" sobre a sentença aplicada no caso da iraniana Sakineh Ashtiani, que esteve no corredor da morte, após ter sido acusada de adultério e da morte do próprio marido.
Aos deputados, Dilma disse que o Brasil precisa cuidar primeiro dos seus problemas em relação aos direitos humanos, antes de pensar nas violações que ocorrem em outros países.
Nesse contexto, de acordo com o líder do PR na Câmara, Lincoln Portela (MG), a presidenta citou a fome como uma violação de direitos. Dilma também ressaltou que é adepta da "cultura da paz" e que é necessário respeitar a cultura de outros países.
Edição: Rivadavia Severo