Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves, disse hoje (24) que o aumento da arrecadação de janeiro para fevereiro se deu por um crescimento da economia nos últimos meses, que se refletiu também no emprego. “Houve um crescimento [na arrecadação] que se deve a um expressivo crescimento da economia e da geração de empregos formais”, afirmou.
De janeiro para fevereiro, houve um crescimento de 3,3% na arrecadação, que passou de R$ 17,208 bilhões para 17,777 bilhões. Mesmo assim, o déficit de fevereiro foi maior que o de janeiro, em 9,1%, devido ao crescimento das despesas. Em fevereiro, a Previdência pagou R$ 21,093 bilhões em benefícios e, em janeiro, esse gasto foi de R$ 20,246 bilhões.
Questionado sobre a previsão de déficit para este ano, Garibaldi disse que há um tendência de queda, mas que a necessidade de financiamento deve ficar nos mesmos patamares de 2010. “A tendência de queda vai continuar, a não ser que sejamos surpreendidos por uma desaceleração econômica acentuada, o que não é muito previsível. A necessidade de financiamento continuaria a cair. Pelo menos, essa é a tendência”, disse.
De acordo com o diretor do Regime Geral de Previdência Social, Rogério Nagamine, em 2010, o déficit ficou em R$ 42,9 bilhões. “Há possibilidade de ficar nesse patamar, próximo aos R$ 43 bilhões”.
Ao divulgar hoje o resultado da Previdência de fevereiro, Garibaldi admitiu que há um “desequilíbrio” entre os benefícios pagos a trabalhadores da iniciativa privada ao se aposentarem e a servidores públicos. “A Previdência precisa ter uma igualdade de tratamento. Espero que se possa aprovar esse projeto o mais breve possível. Há de fato um desequilíbrio no que se paga aos trabalhadores e aos servidores”, disse, ao referir-se ao projeto de lei em tramitação na Câmara dos Deputados que trata da criação de um fundo de pensão para os servidores públicos.
Edição: Lana Cristina