Argentina lembra aniversário do golpe militar com celebrações em Buenos Aires

24/03/2011 - 17h49

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A Argentina comemora hoje (24) o Dia Nacional da Memória pela Verdade e Justiça, que lembra o golpe militar de 24 de março de 1976, com passeatas, exposições e apresentações musicais. O lema das manifestações é "Em 35 Anos do Golpe Civil-Militar o País Consolida Memória, Verdade e Justiça".

Durante a ditadura na Argentina, entre 1976 e 1983, o país viveu sob o comando de juntas militares que coordenavam ações de sequestro, tortura, desaparecimento e assassinato de suspeitos. De acordo com entidades de direitos humanos do país, o número desaparecidos é de aproximadamente 30 mil pessoas.

Em geral, os militares suspeitavam de operários, estudantes, professores e intelectuais. A Justiça da Argentina começou nesta semana nove julgamentos de 17 pessoas envolvidas em crimes ocorridos durante a ditadura.

Várias entidades, que tradicionalmente lutam pelos direitos de familiares e parentes que foram vitimados durante a ditadura, como as Avós e Mães da Praça de Maio e as famílias de desaparecidos lideram as manifestações. O ministro da Economia, Amado Boudou, também participou dos eventos. As atividades se estendem até amanhã (25).

No Polideportivo Gorki Grana, onde funcionou um centro de detenção clandestino conhecido como Sere Mansion, haverá manifestações amanhã. Em outros locais que também funcionaram com centros de tortura, como Athletic Club, tochas serão acesas.

As informações são da organização não governamental Mães e Avós da Praça de Maio e da agência pública de notícias da Argentina, Telam.

 

Edição: Rivadavia Severo