Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Às vésperas da chegada do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a Brasília, os textos dos acordos que ele assinará com a presidenta Dilma Rousseff ainda estão sendo finalizados. Os principais entraves são jurídicos e políticos, segundo negociadores de ambos os países. Um dos temas mais delicados é o Tratado de Cooperação Econômica (cuja sigla em inglês é Teca). No total, Dilma e Obama deverão firmar 20 parcerias.
O Teca estabelece um mecanismo bilateral, em nível ministerial, para que as barreiras ao comércio e aos investimentos nos Estados Unidos e no Brasil sejam discutidas e resolvidas. Uma das dificuldades é a questão das barreiras sanitárias a produtos como carnes e frutas brasileiras, definindo meios de simplificar as normas alfandegários e técnicas. Não há diminuição de tarifas de importação.
Na viagem ao Brasil, o presidente norte-americano quer tratar ainda da questões das mudanças climáticas e de propostas para o desenvolvimento sustentável. A agenda de Obama em Brasília se dividirá em quatro etapas: de manhã, no Palácio do Planalto, durante o almoço no Itamaraty, à tarde com empresários, em um edifício da cidade, e à noite, um jantar privado no Palácio da Alvorada, oferecido por Dilma para a família Obama.
Para os articuladores dos acordos, apenas na próxima semana as pendências deverão ser resolvidas. O mesmo ocorreu, em março de 2010, quando a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, esteve no Brasil e assinou vários acordos. Muitos textos, segundo os negociadores, foram fechados minutos antes da assinatura dos atos.
Porém, há acordos já estão praticamente certos, como o que define planos para a divulgação da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016, em parceria com a iniciativa privada e o governo norte-americanos. A ideia é aproveitar a experiência norte-americana para a divulgação da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016.
Outra parceria que também está com o esboço do texto elaborado é a que trata de cooperação na área de Previdência Social. Pelo acordo, aquele que paga a Previdência nos Estados Unidos e resolver mudar para o Brasil, aproveitará o que foi investido no território norte-americano. A medida pode beneficiar cerca de 1 milhão de brasileiros.
Na área social, a ideia é fechar um acordo estabelecendo propostas para os esforços comuns na luta pela igualdade de gêneros e raça. As assessorias de Obama e Dilma trabalham em ritmo acelerado para organizar os termos das parcerias para as áreas de cooperação comercial, educacional, cultural, de ciência e tecnologia e também de programas sociais.
Edição: Nádia Franco