Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A economia brasileira teve expansão de 0,7% no quarto trimestre de 2010 na comparação com o terceiro trimestre do mesmo ano. De acordo com dados divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apenas os serviços tiveram aumento no período, com alta de 1% no mesmo tipo de comparação. Já a indústria recuou 0,3% e a agropecuária teve queda de 0,8%.

Entre os componentes da demanda interna, o documento do IBGE destaca o crescimento do consumo das famílias (2,5%) no último trimestre do ano. Já o consumo do governo caiu 0,3%. A formação bruta de capital fixo, que são os investimentos, subiu 0,7%.

Em relação ao desempenho do setor externo, o IBGE apurou expansão de 3,6% das exportações de bens e serviços e de 3,9% nas importações de bens e serviços.

Já na comparação com o mesmo período de 2009, o PIB cresceu 5,0% nos três últimos meses de 2010. O setor de serviços também se destacou, com crescimento de 4,6%, tendo sido registrada expansão em todas as atividades que o compõem, principalmente intermediação financeira e seguros (11,4%).

O PIB da indústria teve elevação de 4,3% e o da agropecuária, de 1,1%.

Ainda nessa base de comparação, o consumo das famílias cresceu 7,5%, impulsionado pelo aumento da massa salarial e do crédito. Esse resultado representa a 29ª variação positiva consecutiva nesse tipo de comparação. Já o consumo do governo cresceu 1,2% e os investimentos (formação bruta de capital fixo), 12,3%.

As exportações apresentaram crescimento de 13,5% e as importações, de 27,2% no último trimestre de 2010 em relação ao mesmo período do ano anterior.

O IBGE também informou que revisou dados dos trimestres anteriores do ano passado, que já haviam sido divulgados. Nos três primeiros meses de 2010, a economia cresceu 2,2% em relação aos três meses imediatamente anteriores. A expansão divulgada anteriormente era de 2,3%.

No segundo trimestre, a revisão também indica um percentual menor de crescimento. Em vez do aumento de 1,8% divulgado antes, o novo dado aponta expansão de 1,6%. No terceiro trimestre, o crescimento, que era de 0,5%, passou para 0,4%.

Edição: Juliana Andrade