Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - Mesmo com o forte impacto do aumento das importações de derivados para fazer frente ao aquecimento da economia, a Petrobras fechou o ano passado com um superávit de US$ 1,5 bilhão. Os dados, que fazem parte do balanço financeiro relativo a 2010 divulgado hoje (25) pelo diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa. Os números indicam que as exportações de petróleo e derivados, em 2010, somaram 697 mil barris por dia, patamar similar ao verificado em 2009.

Já as importações de derivados, impulsionadas pelo aumento da demanda interna, cresceram 96%. Com isso, a exportação líquida de petróleo e derivados, no ano passado, foi reduzida para 82 mil barris por dia. O saldo financeiro também diminuiu de US$ 2,8 bilhões para US$ 1,5 bilhão, em consequência dos preços mais altos de importação.

As vendas no mercado doméstico, em 2010, foram 13% superiores às de 2009, com destaque para o óleo diesel, gasolina, querosene de aviação e gás natural. “As vendas de diesel aumentaram 9% em 2010, em função da recuperação da atividade industrial, do aumento da safra de grãos e do consumo gerado pelos investimentos em obras de infraestrutura”, disse Barbasa.

Ele ressaltou o fato de que as refinarias da Petrobras atingiram o limite da capacidade “daí o fato de a empresa não ter outra opção que não a de aumentar as importações de derivados, como diesel e o querosene de aviação para atender o mercado interno”.

No ano passado, o volume vendido de gasolina sofreu uma expansão de 17% em função da recuperação econômica, maiores preços do etanol e pela redução do teor de álcool anidro na gasolina, em fevereiro de 2010.

Edição: Aécio Amado