Postos de salvamento da orla do Rio vão recolher óleo de cozinha usado e enviar para reciclagem

25/02/2011 - 17h18

Thais Leitão

Repórter da Agência Brasil

 

Rio de Janeiro - A partir de hoje (25), os cariocas podem descartar óleo de cozinha usado em 14 postos de salvamento entre as praias do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro, e do Pontal, na zona oeste. A iniciativa faz parte de um projeto desenvolvido pela concessionária Orla Rio, responsável pela operação e manutenção de quiosques e postos de salvamento nas praias da cidade, em parceria com empresas de reciclagem que receberão todo o material coletado.

 

De acordo com o vice-presidente da concessionária, João Marcelo Barreto, o objetivo é conscientizar a população sobre a necessidade do descarte correto do óleo. Segundo ele, essa já é uma preocupação rotineira em estabelecimentos comerciais, como restaurantes e padarias, mas que ainda encontra pequena adesão nas residências.

 

“É comum as empresas de reciclagem recolherem o óleo produzido em restaurantes, por exemplo. Mas, nos bairros, não vemos com frequência postos de coleta para os cidadãos que também usam o material na cozinha em suas casas. Então, esse óleo acaba sendo descartado no ralo da pia, causando uma enorme poluição que poderia ser evitada.”.

 

Barreto explicou que para fazer o descarte, basta levar o óleo reservado em um recipiente consistente, como garrafas PET, até um dos postos com o serviço. No local, uma equipe das empresas de reciclagem vai receber o material e se encarregar do transporte diário.

 

O vice-presidente da concessionária destacou que cada unidade terá capacidade de recolher 50 litros de óleo por dia. A cada dois litros depositados, quem levar o material ganhará de brinde um produto de limpeza feito a partir do óleo reciclado.

 

Ele lembrou também que um litro de óleo de cozinha pode contaminar até 1 milhão de litros de água, o equivalente ao consumo de um ser humano por 14 anos. Além disso, ao ser jogado no ralo da pia, contribui para o entupimento das tubulações e a proliferação de ratos, baratas e insetos nas redes de esgoto.


Edição: João Carlos Rodrigues