Correios discutem com ANTT participação no projeto do trem-bala brasileiro

10/02/2011 - 18h24

Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os Correios deverão entrar no projeto do trem de alta velocidade como sócio estratégico, ou seja, se associando ao consórcio que vencer a licitação para a construção do empreendimento. Segundo o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, a estatal ainda está analisando as condições para aderir ao projeto. O trem-bala brasileiro vai ligar o Rio de Janeiro a São Paulo e Campinas.

Figueiredo se reuniu hoje (10) com o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, para tratar do assunto. A participação da estatal no empreendimento não precisa ser aprovada previamente pela agência reguladora e a entrada de um sócio estratégico está prevista no edital do leilão. “É uma decisão empresarial dos Correios. A grande qualidade que o trem pode oferecer é que ele é mais rápido que o rodoviário, tão rápido quanto o avião e, do ponto de vista ambiental, é positivo”, disse.

Para o diretor da ANTT, a possível entrada dos Correios no projeto do trem de alta velocidade é boa para o processo de licitação do empreendimento. “É interessante ter mais um agente animado com o projeto”.

Sobre a possibilidade da entrada da Eletrobras no leilão, noticiada pela imprensa, Figueiredo disse que ainda não foi procurado pela estatal, mas que também poderia ser um atrativo para o negócio. Em nota à imprensa, a Eletrobras informou hoje que não tem conhecimento de negociações sobre esse tema e que o objeto social da companhia contempla apenas investimentos em geração e transmissão de energia elétrica.

Figueiredo também afirmou que a ANTT ainda não recebeu a sinalização do governo sobre cortes no orçamento. “O governo está detalhando o corte ministério a ministério. Depois que Ministério dos Transportes tiver essa definição, ele vai fazer a repercussão em cada um dos seus órgãos”, disse. Ontem, o governo federal anunciou um corte de R$ 50 bilhões de gastos do Orçamento Geral da União.

Edição: Vinicius Doria