Dilma quer aprofundar acordos comerciais com a Argentina

28/01/2011 - 18h11

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A viagem da presidenta Dilma Rousseff à Argentina neste domingo (30) e segunda-feira (31) - a primeira internacional desde que assumiu o governo - servirá para aprofundar acordos comerciais com o país vizinho e acelerar projetos como a construção de uma hidrelétrica e uma ponte na fronteira entre os dois países, além de uma parceria para construção de casas populares baseada na experiência do Minha Casa, Minha Vida.

O subsecretario-geral do Departamento da América do Sul, Central e do Caribe do Ministério das Relações Exteriores, o embaixador Antonio Simões, disse que as perspectivas são de avançar as relações bilaterais. “Há pela frente um horizonte de aprofundamento e há novos horizontes sendo abertos”, disse ele, referindo-se ao que havia no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo Simões, a lista de compromissos a ser cumprida por Dilma em Buenos Aires buscou a objetividade. “É uma visita de trabalho. É uma visita compacta porque a ideia é que se utilize o máximo de tempo”.

A presidenta vai tratar da parceria com os argentinos sobre o programa Minha Casa, Minha Vida e a defesa comum da igualdade de gêneros e preservação dos direitos da mulher.

Será assinado um convênio sobre a experiência brasileira para a construção de 1 milhão de casas, além de financiar uma parte deste projeto. “A habitação é um desafio comum. O objetivo é trocar experiências ter o modelo disponível no Brasil para a Argentina”, afirmou Simões. 

Dilma também vai tratar da construção do complexo hidrelétrico de Garabi – entre a Província de Corrientes na Argentina e o estado do Rio Grande do Sul. A meta é que as obras comecem em 2012 e gerem 2.900 megawatts. Outro assunto da agenda é acelerar a construção da ponte entre Santa Catarina e a Argentina.

Simões ressaltou que o comércio entre o Brasil e a Argentina é de US$ 33 bilhões e está baseado na manufatura, veículos e autopeças respondem por 80% do total. “É um comércio que gera emprego de carteira assinada, que gera interdependência, que alavanca o desenvolvimento econômico em outras áreas”.

 

 

Edição: Rivadavia Severo