Da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Cultura ainda não sabe a dimensão dos danos causados ao patrimônio tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico e Nacional (Iphan) em Nova Friburgo, disse hoje (20) a ministra Ana de Hollanda. Os conjuntos arquitetônicos do Parque São Clemente e do Parque Hotel, além da Praça Getúlio Vargas, foram castigados pelas fortes chuvas e avalanches de terra que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro.
“São áreas em que a gente ainda está tentando chegar. Ainda não temos acesso. A gente viu que houve problemas, mas o tamanho do dano ainda não sabemos”, disse a ministra, ao participar da inauguração do Centro Nacional de Estudos e Documentação da Museologia (Cenedom), logo após a comemoração de dois anos de criação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).
Vários monumentos foram atingidos pelas chuvas em Nova Friburgo. Três deles são tombados pelo Iphan. A Praça Getúlio Vargas foi construída em 1880 e tem jardins projetados pelo paisagista Glaziou. O Parque São Clemente é um conjunto arquitetônico que também conta com jardins projetados pelo paisagista francês. O conjunto arquitetônico do Parque Hotel foi projetado pelo arquiteto Lúcio Costa, em 1950.
Em Petrópolis, os museus e monumentos não sofreram danos com a chuva. Em nota divulgada ontem (19), a prefeitura de Petrópolis informou que os “pontos turísticos, como o Museu Imperial e o Palácio de Cristal, a Rua Teresa, restaurantes e outros atrativos funcionam normalmente”.
Mesmo assim, os turistas estão assustados e o movimento no Museu Imperial é fraco depois da tragédia. Segundo a assessoria do museu, a média de visitas diárias está bem abaixo do normal para janeiro. O número de visitas costumava ficar entre 1.800 e 2.000 nesta época. Ontem, houve apenas 315. Hoje, até as 15h, o museu tinha recebido 168 visitantes.
De acordo com o presidente do Ibram, José do Nascimento Júnior, é normal que a média de visitas tenha diminuído. “Caiu muito o número de visitas. Agora temos que esperar que a infraestrutura da serra se recupere.”
Edição: João Carlos Rodrigues