Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O Ministério da Saúde divulgou hoje (4) nota em que afirma que os dados sobre expectativa de vida e mortalidade materna no Brasil usados pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) na elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) estão subestimados e desatualizados.
O relatório do Pnud considera que o brasileiro vive em média 72,9 anos. Segundo o ministério, a informação é subestimada diante da expectativa de vida de 73,4 anos, projetada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O ministério argumenta que os dados de mortalidade materna estão desatualizados. De acordo com a pasta, o Pnud considera 110 mortes de mulheres por 100 mil nascidos vivos, enquanto a razão é de 75 mortes por 100 mil nascidos vivos, conforme relatório nacional de acompanhamento dos Objetivos do Milênio, publicado em março.
Para o ministério, o índice das Nações Unidas desconsidera ações brasileiras de incentivo ao planejamento familiar, como oferta de anticoncepcional na rede pública de saúde, e queda no índice de adolescentes grávidas.
O Brasil ocupa a 73ª colocação no ranking do IDH, divulgado hoje pelo Pnud, que avaliou 169 países. O índice varia de 0 a 1 – quanto mais próximo do 1, maior o desenvolvimento humano. O Brasil obteve a nota 0,699, o que o inclui no grupo de nações com alto desenvolvimento humano.
O IDH avalia indicadores de educação, saúde e renda. O Pnud adotou nova metodologia para o cálculo do índice, porém, o critério saúde não sofreu alterações – continua a medir a longevidade das populações.
Edição: Nádia Franco