Serra diz que, se eleito, criará ministério para deficientes físicos

02/10/2010 - 19h10

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - O candidato à Presidência da República pelo PDSB, José Serra, anunciou hoje (2) que, se for eleito, criará um ministério específico para atender às pessoas com algum tipo de deficiência física, que estima entre 20 milhões e 30 milhões de brasileiros.

A intenção, conforme explicou, é instalar uma grande rede hospitalar de reabilitação física à qual pretende dar o nome de Zilda Arns, em homenagem póstuma à médica pediatra que morreu em 12 de janeiro deste ano, vítima do terremoto no Haiti.

 “Além disso, vamos fortalecer a luta para que eles sejam reconhecidos como cidadãos que têm direitos, que podem se reintegrar à sociedade, que podem dar uma grande contribuição ao país e receber também uma contribuição que merecem.”. O anúncio foi feito no início da tarde, logo depois de fazer uma caminhada na Avenida Paulista, em seu primeiro compromisso do dia.

Ele se juntou a um pequeno grupo da militância do partido, incluindo candidatos e cadeirantes, partindo do vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp) até o prédio comercial do Conjunto Nacional. Não foi necessário interromper o trânsito. Todos seguiram pela calçada ao lado do Parque Trianon, um dos raros pedaços de vegetação de Mata Atlântica da cidade, em um trajeto de pouco mais de 500 metros.

Durante a caminhada, Serra empurrou a cadeira de rodas de um dos participantes e parou diversas vezes para que os fotógrafos registrassem as cenas, cumprimentou populares e tomou cafezinho numa cafeteria existente no corredor do Conjunto Nacional, sempre cercado por jornalistas, fotógrafos e público.

Antes de ir para o heliporto, próximo dalí, para seguir de helicóptero rumo a Suzano e com previsão de terminar o dia com uma visita a Diadema, no ABC Paulista, o candidato agradeceu, por meio da imprensa, a acolhida que disse ter recebido durante a campanha e mostrou-se otimista quanto à possibilidade de continuar concorrendo em segundo turno.

“O Brasil não tem cor vermelha, não tem cor verde, não tem cor azul. É multicolorido. Não tem dono. Na verdade, a onda desta eleição é verde e amarela”, disse ele em referência às cores dos partidos que disputam as eleições.

Amanhã, quando mais de 30 milhões de eleitores estarão votando no estado, o candidato tucano disse que depois de votar permanecerá em casa, onde vai acompanhar o resultado do pleito.

Edição: Graça Adjuto